Sentia-se fraco, dirigido
Havia sonhado escuro quando deitou na cama que estava
no meio da rua
Ninguém notou aquele apagar
Sentia-se derrotado, sozinho
Havia lutado em vão quando fecharam-se seus olhos naquela doce e escura manhã
Ninguém notou aquele chorar
Sentia-se oco, vazio
Havia morrido cinza quando roubaram-lhe sua alma naquela esquina lúgubre, fria
Mas ninguém notou aquele usurpar
Que lhe acontecerá amanhã, de novo
Quando ele teimar em acordar.
Buenos Aires
Junho/2008