Há torcidas e torcidas. Algumas estão acostumadas com títulos e glórias de seus clubes. Outras aceitam o que lhes cabe: serem coadjuvantes na história. Digo isso, caro leitor, pelo recente acontecimento futebolístico que movimentou Belo Horizonte. Cruzeiro e Estudiantes-ARG decidiram, ontem à noite, quem levaria o caneco da Copa Libertadores 2009. Como já sabemos, deu Estudiantes. Mas não quero aqui tratar do jogo. Quero comentar a atitude de mendicância da torcida atleticana. Ora, eles estavam com o cu na mão! Mas tenhamos compaixão, sejamos solidários! Imagine-se na situação de um atleticano, não é nada fácil. Rezar e fazer vodu já não basta. Há que ir para porta de hotel implorar e babar desespero, mostrando as mazelas do mais patético e medíocre torcedor. Com a bandeira no carro de Bombeiros em La Plata, o Atlético e sua torcida não entram para a história pelas suas próprias façanhas, mas, sim, porque um argentino se sensibilizou com a causa da torcida-pedinte. Aquela bandeira transmite a seguinte mensagem: Obrigado, Estudiantes. Vocês fizeram o que nós nunca seremos capazes de fazer: brilhar pela nossa própria grandeza como uma genuína e linda estrela.
Belo Horizonte
16/07/2009
Belo Horizonte
16/07/2009