Depois de dois anos e meio com a camisa azul, que já vestiu tantos craques e outros tantos que não mereceram tal honra, Roger se despediu do Cruzeiro na última terça.
"Vivi intensamente esse sonho, infelizmente hoje é o dia de acordar", e tinha a voz embargada.
Se não
como ídolo, Roger sai do Cruzeiro como um jogador muito querido pela torcida. Pela maioria da
torcida, pelo menos - sempre tem os chatos que só olham estatísticas,
quanto tempo ele ficava no departamento médico ou se era viável
economicamente para o clube.
"Sou um cara muito emotivo e gosto de viver a minha vida com desafios e com muito amor. O agradecimento é com todo amor pelos cruzeirenses".
"Sou um cara muito emotivo e gosto de viver a minha vida com desafios e com muito amor. O agradecimento é com todo amor pelos cruzeirenses".
Gosto quando um
jogador mostra esse sentimento cada vez mais em falta no mundo cínico e milionário do futebol.
Na mesma terça, Roger participou de um programa na TV.
Perguntado pelo apresentador se jogaria no rival Atlético, respondeu:
"Há coisas nessa vida que o dinheiro não compra. E a minha identificação com o Cruzeiro eu não venderia por preço nenhum."
Há cerca de um mês, as manchetes dos sites esportivos alardearam uma possível transferência do goleiro Fábio para o clube que treina em Vespasiano.
Não gostei da resposta medrosa e vacilante de Fábio.
Não o crucifico, no entanto. É o jeito dele, vá lá.
Roger, com dois anos e meio de Cruzeiro, fez o que um Ídolo deve fazer. Sorín e Alex - para citar os mais recentes - fariam o mesmo.
Fábio, titular há mais de seis anos, ídolo da torcida e que já tem seu nome eternizado na história do clube, foi político ao responder a pergunta.
Roger escolhe seu próprio destino.
Fábio prefere deixar nas mãos de Deus.